A perda de cabelos faz parte de um processo normal de renovação dos fios que acompanha todas as pessoas ao longo da vida. Porém, com o passar dos anos, a quantidade de fios que caem se torna maior do que a dos que crescem em seu lugar para repor a perda.
A alopecia androgênica, mais comumente conhecida como calvície, é uma condição que, em geral, afeta homens com mais frequência, mas também pode acometer mulheres, que perdem os cabelos e veem os fios restantes afinarem.
Como os cabelos fazem parte da estética feminina de forma mais intensa e presente, perdê-los tem efeitos maiores na autoestima e autoimagem, o que faz com que as consequências da calvície feminina possam se estender não só ao âmbito da saúde física como também da psicológica.
Entendendo a calvície feminina
Para compreender a falta de cabelos e a rarefação dos fios remanescentes também em mulheres, é preciso saber que cada fio possui três fases, do nascimento à queda.
Na fase de crescimento (anágena), que dura de dois a seis anos em cada fio, a atividade da raiz é constante, responsável por formar novos fios e deixá-los saudáveis. 85% dos seus fios de cabelo devem estar nessa fase para que não haja calvície.
Já na fase de transição (catágena), há redução no tamanho da raiz e o fio se move em direção ao couro cabeludo. Esse período dura em torno de algumas semanas, logo passando para a terceira e última fase do ciclo capilar.
A fase telógena, também conhecida como fase de repouso, dura entre três e quatro meses em cada fio. Nela, o fio cai, sozinho ou empurrado por um novo, e renova-se o ciclo. Para que não haja falta de cabelos, apenas 14% dos fios devem se encontrar nessa fase.
A calvície feminina ocorre quando uma enzima presente no organismo (conhecida como 5-alfa-redutase) age no hormônio testosterona que corre pelo corpo da mulher. Por estar presente em menores quantidades em pessoas do sexo feminino, as reações ocorrem com menor frequência, o que resulta em uma queda de cabelos menos acentuada quando comparada à masculina.
Dessa reação resulta-se um subproduto, chamado de DHT, que age no seu receptor no folículo piloso. A calvície ocorre quando existe uma alteração genética no receptor de DHT. Na presença dessa alteração genética, o cabelo passa a apresentar uma fase de crescimento (anágena) progressivamente mais curta até o desaparecimento do folículo.
Possíveis causas e prevenção
Acredita-se que a principal causa da calvície feminina reside na herança genética, tanto por parte de pai como de mãe. Se há casos de alopecia em sua família, tanto em homens como em mulheres, existe a possibilidade do indivíduo desenvolver a doença.
Alterações hormonais, como o excesso de testosterona, e outros desequilíbrios na tireoide também podem ser contribuir para a queda excessiva de fios, bem como a anemia.
A queda de pêlos em outras regiões do corpo, como sobrancelha e cílios, também é um indício que deve ser observado, e que comprova que a mulher está sofrendo de alopecia.
A melhor maneira de prevenir-se contra a ocorrência da calvície é procurar um especialista assim que se iniciem os sintomas. Ele irá avaliar se você possui ou não propensão a perder os cabelos e permitirá que você inicie tratamentos antes que a calvície já tenha avançado.
Tratando a calvície feminina
Atualmente, existem diversos tratamentos que ajudam na recuperação dos fios que perderam a saúde e caíram por conta da alopecia. Porém, antes de começar algum deles, é importante se ter um diagnóstico adequado, o que faz da consulta com um especialista indispensável.
Em mulheres cujo desequilíbrio hormonal é comprovado, utiliza-se um medicamento responsável por inibir a testosterona presente no organismo feminino, impedindo que o processo de reações entre enzimas que causa a calvície se conclua – o que mantém a saúde e o equilíbrio no ciclo capilar.
Outros tratamentos, como o implante capilar e as soluções tópicas, também são utilizados quando se perdem muitos fios e a raiz dos cabelos está danificada permanentemente.