Tricotilomania: quando arrancar o cabelo é uma disfunção psicológica
A tricotilomania é um distúrbio psicológico, ligado diretamente ao estresse e à ansiedade, e quem sofre com ele arranca os fios de cabelos compulsivamente, enrolando os fios nos dedos e depois puxando-os. Esse distúrbio pode levar à perda permanente de grande parte dos fios de cabelo, e estima-se que afeta em média 4% da população mundial, em sua maioria mulheres.
Essa disfunção foi identificada como uma doença ainda no século 19, mas apenas após a década de 1990, com o aumento dos níveis de estresse na população mundial e o crescimento no número de ocorrências é que ela começou a ser amplamente divulgada. São muitas as casas que podem contribuir para o distúrbio, como, por exemplo o início do ciclo menstrual, traumas familiares como morte, divórcio ou doença de um ente, mudanças profundas na rotina e na vida (como mudar de bairro, cidade, escola), dificuldades em relacionamentos sociais na escola ou trabalho, entre outros.
Os impactos da tricotilomania no corpo e no emocional
Além de arrancar os fios, algumas pessoas que sofrem com a Tricotilomania também desenvolvem o hábito conhecido como “Síndrome de Rapunzel”, em que o paciente ingere os cabelos arrancados. Essa prática pode resultar em doenças gastrointestinais, infecções na pele e até erosão dental. As pessoas que enfrentam esse transtorno sabem que esse comportamento pode acarretar sérios problemas de saúde, mas não conseguem vencer o impulso. Muitos desses indivíduos lutam ao mesmo tempo para se livrar da doença e para esconder suas consequências, utilizando chapéus, lenços e perucas, e também evitam atividades que possam evidenciar as áreas do couro cabeludo sem os fios, como os esportes e a dança, gerando em muitos casos isolamento social.
Tratamento da tricotilomania
Um dos principais tratamentos para a Tricotilomania é a terapia comportamental, envolvendo psicólogos e profissionais especializados em distúrbios capilares, e na maior parte dos casos são indicados medicamentos para complementar o tratamento, que tem tempo de duração muito variável. Vencendo o distúrbio, os cabelos podem voltar a crescer, mas quando não voltam completamente a melhor alternativa para deixas as marcas da doença para trás é o implante de cabelo. É possível superar a tricotilomania, recuperar a saúde capilar e a auto-estima. Fique atento aos primeiros sinais do distúrbio e procure o mais rápido possível um médico especialista.