Quatro principais dúvidas sobre a otoplastia
A otoplastia é um tipo de cirurgia que visa corrigir as orelhas de abano – alterações do pavilhão auricular que geram uma mudança de posição da orelha, fazendo com que ela fique mais visível. Presente em 5% da população, acredita-se que a orelha de abano tenha causa genética. Apesar de ser um procedimento comum, é normal surgirem dúvidas referentes ao assunto.
Como é feita a otoplastia?
A otoplastia pode ser feita a partir de anestesia geral, local e sedação. A incisão para correção da orelha de abano é realizado atrás do órgão, acompanhando a dobra natural da pele. Então, após retirar o excesso de pele, é feito o moldagem da cartilagem, a fim de deixá-la mais flexível. Em seguida, são feitos pontos de fixação para sustentar a nova anatomia da orelha e fazer o fechamento da pele.
Como a cirurgia é geralmente realizada na parte posterior da orelha, as cicatrizes acabam escondidas na junção da orelha ao crânio. Apesar de existirem casos que requerem incisões na parte da frente, procura-se esconder as cicatrizes nas dobras naturais da pele.
A partir de qual idade é possível corrigir a orelha de abano?
Durante a infância as orelhas apresentam um rápido crescimento. Com 3 anos, a criança já tem cerca de 85% da orelha de um adulto. No entanto, a recomendação é a cirurgia ser realizada apenas quando a criança tiver de 6 a 7 anos de idade.
Como é a recuperação?
É comum haver desconforto logo após a cirurgia. Antes de receber alta, o paciente ficará no hospital por algumas horas na sala de recuperação. Após oito a doze horas, ele já pode sair acompanhado por alguém, uma vez que pode vir a acontecer de o paciente sentir tontura ou a sensação de desmaio.
No pós-operatório, é fundamental evitar sol, friagem, ventos e traumatismos locais por, pelo menos, 3 meses. Além disso, é preciso comparecer às consultas, obedecer à prescrição médica, evitar dormir de lado por 1 mês e meio e usar uma bandana para dormir por 30 dias.
Quais são as contraindicações à otoplastia?
A cirurgia não é indicada para pessoas com infecção de ouvido, uma vez que a proximidade com o local que será operado gera um maior risco de infecção na ferida ou na cartilagem da orelha, podendo comprometer seriamente o resultado final.
Outras infecções (gripes mais intensas, amigdalites e infecções urinárias) e doenças de base mal controladas (hipertensão e diabetes) também são contraindicações para o procedimento.
O paciente que fuma é aconselhado a deixar o hábito de lado por duas semanas antes e 30 dias após a cirurgia, pelo fato do tabagismo prejudicar a cicatrização.