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Quais são as principais doenças do couro cabeludo e como tratá-las?

 

Entender as principais doenças do couro cabeludo é fundamental para que consiga verificar se você tem alguma patologia capilar e buscar o tratamento adequado para o seu quadro clínico. Isso porque, quanto antes for identificado o problema, maiores são as chances do paciente conseguir recuperar a saúde dos fios e ter mais qualidade de vida, sem precisar comprometer a sua autoestima.

Quer entender melhor sobre o assunto? Então, continue a leitura do artigo para conferir quais são as principais doenças do couro cabeludo e como tratá-la. Vamos lá!

Foliculite

A foliculite é quando o couro cabeludo está com inflamação em um ou mais folículos. Ela costuma ser causada por uma infecção viral, fúngica ou bacteriana. Essa patologia também pode estar presente em outras áreas do corpo.

Entre os sintomas mais frequentes, estão: coceira, região avermelhada e até mesmo bolinhas de pus, como se fossem espinhas. Já o tratamento adequado vai depender do estágio da doença. A partir disso, o profissional de saúde poderá fazer a prescrição de antibióticos em loções tópicas ou por via oral. Da mesma forma que pode haver a recomendação de ácido salicílico.

Dermatite seborreica

A dermatite seborreica, conhecida como caspa, é uma das doenças do couro cabeludo muito frequente entre as pessoas. Nessa condição, o paciente apresenta uma oleosidade excessiva no couro cabeludo, que está associada à descamação e inflamação. Essa doença é crônica e ocorre em diferentes níveis de gravidade, tendo período no qual há melhora e piora dos sintomas.

A causa da dermatite seborreica pode estar relacionada à genética ou surgir devido ao contato com agentes externos, como banhos muito quentes, fungos, álcool, estresse emocional, medicamentos, entre outros.

Além da oleosidade no couro cabeludo, existem outros sintomas comuns dessa enfermidade. São eles: escamas amareladas que ardem e são oleosas e escamas brancas que descamam, coceira, leve vermelhidão na área afetada e, em alguns casos, também é notada a perda de cabelo.

O tratamento para dermatite seborreica deve ser feito com loções e shampoos que tenham ação antifúngica, anti-inflamatória e possuam propriedades de controle a oleosidade e a descamação. O indivíduo também precisa ficar atento a frequência correta da lavagem recomendada pelo médico especialista. Após o tratamento, é indicado que o indivíduo use shampoo anti-oleosidade uma vez por semana.

Pitiríase

A pitiríase é infecção causada por fungos, no qual o indivíduo costuma apresentar descamação e coceira. Essa condição pode ser ativada por sudorese excessiva, estresse, alteração no PH do couro cabeludo e queda de cabelo temporária.

Entre os tratamentos para a pitiríase estão dermocosméticos anti-fúngicos, que costumam eliminar os sintomas em alguns dias. Contudo, para que o medicamento funcione corretamente, ele precisa ser aplicado por várias semanas e conforme orientação médica.

Eflúvio telógeno

Quando eflúvio telógeno está presente, há um aumento da queda diária dos fios do cabelo, sendo percebido principalmente na hora do banho ou quando está penteando o cabelo, pois é notado um bolo de fios caindo.

Essa causa tende a está associada a algum evento que ocorreu três meses antes da queda começar, visto que esse é o tempo de preparo para os fios se despender. Assim, em vez de cair entre 100 e 120 fios diários, é notada uma perda de 200 a 300 fios, dependendo da causa do eflúvio, que pode ser gripe, pós-parto, doenças infecciosas, cirurgias etc.

Além da queda dos cabelos, é percebido a existência de coceira no couro cabeludo. Já o tratamento pode ser feito com medicações estimuladoras para acelerar o processo de crescimento capilar. Entretanto, também é preciso investigar se a condição está associada a deficiência de alguma vitamina ou ferro, decorrente de dietas hiperproteicas.

Alopecia areata

Conhecida pela queda de cabelo, a alopecia areata é uma doença inflamatória, causada por diversos fatores, como participação autoimune e genética. Nesse caso, a pessoa começa a perceber que está com essa doença quando os fios começam a cair, formando falhas circulares, sem cabelos. A extensão dessa falha costuma variar entre um indivíduo e outro.

Essa enfermidade não é contagiosa e está relacionada a quadros emocionais, quadros infecciosos, traumas físicos, entre outros. A boa notícia é que os fios podem crescer novamente, mesmo após a perda total dos cabelos. Isso porque a doença não costuma destruir os folículos pilosos, deixá-os apenas inativos pela inflamação.

Entre os tratamentos disponíveis para alopecia areata estão minoxidil. Já para um tratamento mais agressivo, podem ser usados corticóides associados a sensibilizantes (difenciprona e antralina) ou metotrexate. Além disso, também é possível ser aplicado corticóides injetáveis no couro cabeludo. Assim, consegue-se estimular o folículo a produzir cabelo novamente, reduzir as falhas e controlar a doença.

Alopecia androgenética

Conhecida como calvície, a alopecia androgenética é uma queda de cabelo geneticamente determinada. Essa doença pode ter início já na adolescência, quando o estímulo hormonal aparece, fazendo com que os fios do cabelo tornem-se cada vez mais finos. Essa condição também acomete tanto homens, quanto mulheres entre 30 e 40 anos.

As pessoas com essa enfermidade ficam com os fios ralos e o couro cabeludo mais aberto. Nos homens a área mais aberta é a da região frontal e da coroa. Já nas mulheres a área central tende a ser a mais acometida.

Para fazer com que os fios voltem a crescer, o médico pode recomendar o uso de bloqueadores hormonais, medicamentos por via oral, lasers, loções capilares, uso de minoxidil, entre outros. Essa ação é necessária para recuperar parte da perda capilar e estacionar o processo. Em alguns casos, também pode ser necessário realizar o transplante capilar, visando melhorar a estética do paciente e deixando-o mais feliz com a sua aparência.

Buscar um médico especializado em doenças do couro cabeludo é fundamental para que consiga ter um tratamento correto para sua enfermidade. Ele o ajudará com os métodos mais avançados disponíveis no mercado e indicará a melhor opção para o seu caso, que pode ser uso de medicamentos tópicos, por via oral, implantes capilares, entre outros. Assim, além de você manter o visual em dia, evita adquirir outras doenças capilares.

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Fabrício Ribeiro: